terça-feira, 6 de maio de 2008

A nova "droga" da modernidade

Andréia Oliveira

O problema do vício em internet é que ele se infiltra despercebidamente nos nossos hábitos, não tendo uma faixa etária específica. A dependência geralmente está ligada a uma fuga da realidade. O perfil dos viciados em internet é o mesmo dos viciados em drogas, como álcool, cigarro e maconha. Os viciados podem desenvolver danos físicos e emocionais pela longa permanência na internet. Entre alguns dos sintomas estão: a taquicardia, boca seca, tremedeiras e sudorese. A longo prazo resulta em problemas de postura, lesões por esforço repetitivo, obesidade, entre outros.

Para a doutora Leila Nunes Fandiño, psiquiatra e psicanalista, a questão deve ser observada com seriedade. Ela lembra que o vício em internet pode esconder patologias psiquiátricas como a depresssão e quadros psicóticos. Ela diz que para identificar o problema, deve-se observar se a pessoa está deixando de fazer coisas do seu cotidiano para ficar on-line.“O contato com a internet afasta a pessoa do mundo real, é um mundo muito satisfatório, em que você pode fazer o que quiser e ter controle de tudo”, completa a médica que fala sobre a hora de buscar ajuda: “Os familiares do viciado devem procurar ajuda quando percebem que está havendo um prejuízo na vida pessoal do envolvido”.

Carlos Alberto Barbosa, ex-viciado em internet conta como fez para largar o problema: “Fui forçado a largar o vício! Me mudei para um lugar onde não tenho o acesso à internet em casa, e no trabalho, não posso entrar na rede. No começo foi pertubador! Sofri um bocado, pois a dependência psicológica era muito forte”. Ele fala ainda, por que acha fácil viciar-se em internet. “Acho que o acesso fácil e o tempo ocioso contribuem para o vício da internet, além de ser hipnotizante. Já passei mais de 12 horas na internet, direto, só parava para ir ao banheiro e comer”, relata ele.

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