Andréia Oliveira
As gestantes não são consideradas um grupo de risco, mas os médicos alertam que dengue na gravidez requer mais cuidado. A secretaria Estadual de Saúde está distribuindo nos hospitais uma cartilha para orientar os médicos como agir no atendimento e tratamento da dengue em gestante. O manual mostra ainda que é preciso estar atento aos sintomas como febre e sangramentos, pois a forma mais grave da doença, a hemorrágica, tem uma incidência maior entre as mulheres grávidas. Isso acontece, pois a mulher durante a gestação tem normalmente uma grande alteração vascular, o que facilita um maior sangramento.
A Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (Sgorj), explica que gestantes com dengue precisam ser internadas mais cedo do que as demais vítimas da doença.
O bebê pode ser contaminado com o vírus da dengue se a mãe for mordida durante a gestação, e já nascer com a doença, se a mordida do mosquito for próximo aos dias que precedem o parto. Ao perceberem os sintomas, os médicos pedem o exame de sangue da mãe e recém-nascido para confirmar a doença. O bebê que nasce com dengue pode apresentar manchas na pele e febre baixa.
“Um bebê com dengue que recebe alta, por exemplo, pode ter dificuldades para mamar e ficar desidratado, e isso pode ter várias conseqüências. Por isso, é fundamental que grávidas que desconfiarem que tiveram dengue conversem sobre isso com o médico, explica o médico José Roberto de Moraes Ramos, chefe do departamento de neonatologia do Instituto Fernandes Figueira no Rio de Janeiro. As formas de evitar a dengue em grávidas é a mesma usadas para qualquer pessoa. Mas o repelente deve ser usado com cuidado em gestantes. O produto pode ser usado duas vezes ao dia e só nas partes descobertas do corpo, como pernas e braços.
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