terça-feira, 13 de maio de 2008

Gestantes com dengue precisam ser internadas com emergência

Andréia Oliveira

As gestantes não são consideradas um grupo de risco, mas os médicos alertam que dengue na gravidez requer mais cuidado. A secretaria Estadual de Saúde está distribuindo nos hospitais uma cartilha para orientar os médicos como agir no atendimento e tratamento da dengue em gestante. O manual mostra ainda que é preciso estar atento aos sintomas como febre e sangramentos, pois a forma mais grave da doença, a hemorrágica, tem uma incidência maior entre as mulheres grávidas. Isso acontece, pois a mulher durante a gestação tem normalmente uma grande alteração vascular, o que facilita um maior sangramento.

A Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro (Sgorj), explica que gestantes com dengue precisam ser internadas mais cedo do que as demais vítimas da doença.
O bebê pode ser contaminado com o vírus da dengue se a mãe for mordida durante a gestação, e já nascer com a doença, se a mordida do mosquito for próximo aos dias que precedem o parto. Ao perceberem os sintomas, os médicos pedem o exame de sangue da mãe e recém-nascido para confirmar a doença. O bebê que nasce com dengue pode apresentar manchas na pele e febre baixa.

“Um bebê com dengue que recebe alta, por exemplo, pode ter dificuldades para mamar e ficar desidratado, e isso pode ter várias conseqüências. Por isso, é fundamental que grávidas que desconfiarem que tiveram dengue conversem sobre isso com o médico, explica o médico José Roberto de Moraes Ramos, chefe do departamento de neonatologia do Instituto Fernandes Figueira no Rio de Janeiro. As formas de evitar a dengue em grávidas é a mesma usadas para qualquer pessoa. Mas o repelente deve ser usado com cuidado em gestantes. O produto pode ser usado duas vezes ao dia e só nas partes descobertas do corpo, como pernas e braços.

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